Leo Fonteviva
De barro, de cimento,
De cerâmica também,
Cobertura que vai bem,
Faz o acolhimento,
Abriga com fundamento.
De telhas, faz o telhado,
O teto mais adequado
Para a nossa proteção
Das chuvas e do solão.
Deixa o lar conceituado.
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Oca de branco é casa.
Casa de índio é oca.
Também pode ser maloca
Quando a oca defasa
E uma maior se apraza.
Muitas ocas, uma aldeia
Coletivo é que norteia.
Muitas casas é cidade,
Individualidade,
Que o cidadão se baseia.
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Da vida e da arte
Babalu foi meu mentor.
Me ensinou o seu labor,
Foi o meu baluarte.
Pintar telhados, destarte,
Também ele me ensinou,
O que me proporcionou
Ocas Urbanas fazer.
Com carinho, com prazer,
Cada obra germinou.
​
A minha deferência
Aos Povos Originários.
Pra Vida, são necessários,
Do viver, são referência.
Peço vossa anuência
Para vossa arte usar
Pra que eu possa ilustrar
Que por sob os telhados
Desses chãos retalhados
São os donos do lugar.
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